Nos últimos anos, a Vila Olímpia, ao que parece, apresentou uma característica que destaca o bairro no cenário da cidade: uma região onde a boemia e o lazer afloram. O bairro tem muitas casas noturnas, restaurantes e bares que estão entre os mais prestigiados e badalados da capital. Mas Vila Olímpia não é só isso.
O
mercado corporativo tem excelente procura e valorização, assim como o segmento de hotéis e flats, bem como o comércio, com importantes shoppings em seu território. Isso, sem contar, com o nicho residencial, notadamente de apartamentos. Aliás, um dos grandes chamarizes do segmento é a possibilidade que a Vila Olímpia proporciona de morar perto de onde trabalha e trabalhar perto de onde se mora.
Pela proximidade, ele se confunde muito com o
Itaim Bibi - aliás, é subdistrito deste -, há certa confusão entre os limites de ambos. Se bem que o mercado não faz muita questão de separar um do outro quando do lançamento de um empreendimento. Muitas vezes, as vantagens de um se misturam com as do outro.
Criada a partir de um loteamento ainda na década de 1930, a região teve grande urbanização desde sua fundação. No princípio,
casas e indústrias de médio e grande porte eram maioria, mas a área também sofria com enchentes do rio Pinheiros, tornando-a menos valorizada.
Na década de 1990, a coisa toda mudou. O bairro passou por melhorias, com novas avenidas, alargamentos de ruas e ligações com os demais bairros vizinhos. Isso gerou grande boom imobiliário e valorização dos imóveis. O tráfego intenso de veículos e pessoas e a migração das antigas indústrias para outras regiões fizeram com que o mercado passasse a investir mais na Vila Olímpia, principalmente com imóveis de alto padrão e empreendimentos corporativos ligados à tecnologia. O bairro foi o primeiro grande celeiro de
prédios inteligentes e megaempreendimentos na cidade.
Hoje, grandes empresas públicas e privadas, nacionais e multinacionais têm no bairro sedes e filiais. Fruto de uma infraestrutura invejável e proximidade com o Centro e grandes avenidas. A Vila Olímpia também pode ser considerada o Vale do Silício paulistano em razão do grande número de empresas de TI que também estão por lá, como Facebook e Google.
Uma curiosidade: em uma das suas principais ruas, a Funchal, há mais heliportos que pontos de ônibus - 25 contra 24. O grande volume de prédios valoriza o bairro, mas também traz problemas como congestionamento, falta de estacionamento e vagas de ruas. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), o bairro tem atualmente 550 mil metros quadrados dedicados a escritórios — uma área 57% maior que em 2000.
O lazer e o comércio no bairro são excelentes. Vários dos principais e renomados bares, restaurantes e casas noturnas da cidade estão nos seus endereços. Na Vila Olímpia está o E-Tower, um dos edifícios de maior destaque da capital paulista, sendo o quinto mais alto da cidade e o 12º do Brasil, o Shopping JK Iguatemi, o Insper, Universidade Anhembi Morumbi e o Shopping Vila Olímpia.
Outra curiosidade é a desigualdade social. Na Rua Funchal existe uma travessa chamada Rua Coliseu, Nessa rua está a "Favela Coliseu" ou "Favela Funchal"que ocupa 6,9 mil m2 . Esse pedaço do bairro tem um dos metros quadrados mais caros da cidade.
Sua população de quase 22 mil habitantes, mas tem uma população circulante que chega a mais de 460 mil pessoas diariamente. O IDH (Ìndice de Desenvolvimento Humano - medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano") considerado muito elevado, de 0,953, o quinto da cidade. De acordo com dados do Portal ZS Imóvel, em vendas, Vila Olímpia é o nono bairro mais procurado na região e ocupa o mesmo lugar em número de ofertas no site. Já em
locação, como era de se esperar, é o terceiro bairro com mais ofertas e fica em quarto em procura. Se a questão é locação de unidades corporativa, é o primeiro em oferta e procura de salas comerciais.
Texto elaborado por Marco Barone em novembro de 2016.