Áreas na Jornalista Roberto Marinho, zona sul, passam da depreciação à valorização

Em pouco mais de dez anos houve uma valorização de mais de 1000% no valor do metro quadrado. Quem mora ou tem comércio ao largo da Avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) viu isso acontecer a passos lentos, mas viu e agora tem o seu quinhão de lucro.

Até o final do século passado, as áreas às margens do córrego Água Espraiada eram povoadas exclusivamente por uma população carente, que formava um dos maiores complexos de favelas da cidade. O progresso e a necessidade de se abrir uma nova ligação na cidade mudou e valorizou a região. A população carente foi retirada dali e "transferida" para extremos da Capital. Ainda há comunidades na avenida, mas o projeto da Prefeitura é retirá-las de lá em poucos anos.

Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), os bairros que cortam a avenida estão entre os mais caros da cidade. O preço do metro quadrado no Brooklin, por exemplo, é de R$ 11 mil, e de R$ 8,5 mil no Campo Belo. De acordo com levantamentos da empresa, em 1996, ano em que avenida foi entregue, os valores eram, respectivamente, R$ 1.017 e R$ 1.009. Uma valorização de cerca de 1000%.

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Esse aumento foi fruto de investimentos públicos e privados em infraestrutura e a construção de empreendimentos de melhor padrão. Fenômeno que ocorre em outros pontos da cidade. A história da região começou a ser reescrita em 2001, quando a então prefeita Marta Suplicy assinou m dezembro de 2001, a Operação Urbana Água Espraiada, que, entre outras diretrizes, compreendia a revitalização da região, melhoria do sistema viário, priorização do transporte coletivo, construção de habitação social e criação de espaços públicos de lazer e esportes..

Hoje, todos os bairros pelos quais a Roberto Marinho passa se valorizam. Atualmente, o trânsito está caótico, pois as obras da Linha 17-Ouro do Metrô deixam a região, em alguns períodos do dia, quase intransitável. Mas quem tem seu imóvel já adquirido - e valorizado - e mesmo quem quer morar na região não tem muito do que reclamar. Uma nova área nobre da cidade cresce a olhos nus.